Quem nunca se pegou lendo algum assunto complexo, como verbo ou análise sintática, e se sentiu frustrado por não entender o que lia – nem por um decreto – chegando até a chorar?
Concurseiro conhece bem esse sentimento… Mas… leia a historinha abaixo que aconteceu comigo.
Eu era monitor de português num curso preparatório pré-militar e estava estudando uma gramática velha do Faraco & Moura, que havia sido do meu irmão mais velho, enquanto respondia – ou tentava responder – a dúvidas de alunos (alguns são bem cruéis, porque perguntam coisas para testar e constranger…).
Um desses chegou para mim e falou assim: “Pestana, você pode dar uma revisão de orações subordinadas para mim e para mais três alunos naquela sala ali vazia?”.
Eu fiquei ultranervoso, mas, abusado, falei: “Vamos lá!”. Eu poderia ter falado tudo, menos isso… A aula foi a pior possível!!! Fiquei queimadaço durante várias semanas… e triste. Quase pensei em sair daquele curso… de vergonha.
(Mas é exatamente esse tipo de situação que o revela e mostra quem você é, de verdade: você é um fraco, que senta e chora, desistindo de tudo ou é daqueles que sentam e choram, mas depois continuam na luta disposto a mudar seu cenário? Quem é você?)
Voltando à historia… Depois da porrada que tomei, aprendi a lição: ou eu aprendo orações subordinadas de uma vez por todas para ensinar corretamente, sem me deixar colocar numa situação de novo constrangimento, ou eu vou mudar de profissão. Passei dia e noite lendo e relendo orações subordinadas (algumas vezes literalmente chorava de raiva da minha jumentice e lerdeza mental), até que a COISA fez sentido para o meu cérebro e eu passei a finalmente entender.
O resto da história você já deduz…
Moral da história: quando se sentir desesperado e frustrado por não entender o que está estudando, insista com determinação e não desista de você, porque, mesmo depois de muito choro, a ficha simplesmente vai cair. 😉