Salve, galera!
Leia as duas frases seguintes:
1. Suíça decide SE todos os seus cidadãos receberão R$ 9 mil por mês sem fazer nada.
2. Suíça decide QUE todos os seus cidadãos receberão R$ 9 mil por mês sem fazer nada.
Os professores de Português, inclusive eu, costumam ensinar que as conjunções subordinativas integrantes QUE e SE não são conjunções subordinativas adverbiais, ou seja, não apresentam valores semânticos “embutidos” e/ou não introduzem orações com circunstâncias adverbiais, assim como as demais conjunções subordinativas: “porque” (causal), “caso” (condicional), “embora” (concessiva), “conforme” (conformativa), “quando” (temporal), etc.
No entanto, é inegável que há diferença semântica nas orações introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes QUE e SE, o que nos leva a refletir sobre suas implicações semânticas nas duas frases lá de cima, as quais reitero aqui:
1. Suíça decide SE todos os seus cidadãos receberão R$ 9 mil por mês sem fazer nada.
2. Suíça decide QUE todos os seus cidadãos receberão R$ 9 mil por mês sem fazer nada.
A diferença de sentido é evidente: em 1, fica claro que o país ainda não tomou a decisão sobre todos os seus cidadãos receberem R$ 9 mil por mês sem fazer nada; em 2, fica claro que o país já tomou a decisão sobre todos os seus cidadãos receberem R$ 9 mil por mês sem fazer nada.
Isso só fica claro pois o QUE introduz uma certeza, e o SE introduz uma incerteza. Por isso, de certo modo, as conjunções integrantes QUE e SE têm um matiz semântico, sim!
Se isso um dia cair na sua prova, fique ligado(a)!
🙂