Salve, galera!
Muitos professores dizem que não devemos decorar as conjunções, mas entender o sentido delas pelo contexto, para depois as classificarmos. Nada contra, mas eu não concordo plenamente com isso. Sou de uma escola antiga, a escola que dizia DECORE AS CONJUNÇÕES! Sou adepto desse método antigo, que vem dando certo há muito tempo na vida de todos os milhares de alunos que já passaram por mim! Vou provar por quê.
Por exemplo, na frase “Estudo português, PORTANTO me saio bem nas provas”, o vocábulo destacado é uma conjunção conclusiva, pois introduz uma conclusão/consequência de ‘estudar português’. No entanto, o aluno que vai pelo método de “perceber pelo contexto”, iria ficar numa dúvida cruel se estivesse diante de uma questão assim:
I- Aponte o valor semântico correspondente ao conectivo destacado na frase “Estudo português, PORTANTO me saio bem nas provas”.
(A) conclusão
(B) consequência
(C) adição
(D) causa
(E) tempo
Certamente o candidato iria ficar entre as letras A e B, no entanto a banca (safadinha, como só ela sabe ser!) dirá que o gabarito é a letra A, pois 99,99% dos gramáticos ensinam que PORTANTO é uma conjunção coordenativa CONCLUSIVA, logo indica conclusão.
“Ah, Pestana, mas também a ideia de consequência é clara, afinal, sair-se bem nas provas é a consequência de estudar português!”
Concordo com você! Inclusive digo isso no capítulo 15 da minha gramática. No entanto, não é como a gente quer, É COMO É!
Enfim, se você tivesse DECORADO que a conjunção PORTANTO é conclusiva, nem pensaria em marcar a letra B.
Só tome cuidado com uma coisa: a depender do contexto, uma conjunção pode ter valor semântico diferente do usual; é por isso que não podemos blindar o nosso cérebro por confiar somente na ação de decorar conjunções, é preciso TAMBÉM saber que uma conjunção pode ter mais de um valor semântico, MAS SAIBA QUE SÃO POUCAS (como já mostrei em artigos anteriores, de cerca de 120 conjunções, cerca de 20 podem ter seu sentido ou classificação alterados pelo contexto).
Por favor, aprofunde-se em conjunção, no capítulo 15 do meu livro “A Gramática para Concursos Públicos”.