Salve, galera!
POR QUE AS PESSOAS NÃO TÊM CONFIANÇA EM SI MESMAS?
Semanalmente meu grupo no Facebook recebe dezenas de dúvidas e, sobretudo, questões de Língua Portuguesa.
Aposto que mais de 95% das dúvidas são tiradas entre e pelos próprios membros, contando com minha intervenção às vezes.
Mas uma coisa vem me espantando, regularmente…: A FALTA DE CONFIANÇA DE ALGUNS NO CONHECIMENTO ADQUIRIDO SOBRE PORTUGUÊS.
Eu até entendo que a minha matéria é um pouco chata, principalmente por conta das inúmeras peculiaridades. Somam-se a isso as regras, exceções, exceções das exceções, casos especiais, visões doutrinárias divergentes, bancas que trabalham visões gramaticais específicas, questões mal formuladas e passíveis de anulação, questões não anuladas pelo bel-prazer das bancas, etc., etc., etc.
Bem… mas o que me motivou a escrever este texto foi algo bem específico: um aluno postou uma dúvida sobre posição da sílaba tônica de uma palavra comum (a saber: população). Todos sabemos que a palavra “população” é oxítona, pois a última sílaba é tônica (po-pu-la-ÇÃO), e não paroxítona (po-pu-LA-ção). Até porque, se fosse paroxítona, seria acentuada, pois se acentuam as paroxítonas terminadas em “-ão” (órgão, acórdão, órfão…), mas ninguém fala nem escreve “populáção”, pois ela não é paroxítona, e sim oxítona (repito: po-pu-la-ÇÃO).
O que mais me chamou a atenção foi que o auno teve dúvida em algo tão simples, porque a banca do concurso que ele fez apresentou essa palavra como paroxítona, erradamente.
Pronto.
Isso foi suficiente para a sementinha da dúvida ser instalada na cabeça dele: – Caramba, será que a palavra “população” é mesmo paroxítona, e não oxítona?
Galera, pelamordedeus, jamais fique em dúvida quando você tem convicção de alguma coisa. JAMAIS!
Ninguém duvidaria, por exemplo, que a palavra “casa” é paroxítona, ou que a palavra “fósforo” é proparoxítona, ou que a palavra “pá” é monossílaba, ou que nunca há ênclise com verbo no futuro, ou que a locução adverbial “à noite” sempre recebe acento grave, ou que “assistir” com sentido de ver é verbo transitivo indireto, etc. Tudo isso é ponto pacífico, é letra de lei! Safo?!
Portanto, nunca duvide do que você aprendeu; nunca duvide do óbvio; nunca duvide daquele conhecimento enraizado na sua mente; nunca duvide das suas milhares de horas de estudo envolvendo uma porrada de questões, vistas e revistas; nunca duvide das suas convicções gramaticais… POR MAIS QUE uma banca xexelenta diga o contrário.
Sim, as bancas vivem fazendo m&$#@, criando questões absurdas e mal formuladas, com gabaritos igualmente surreais. Não obstante, independentemente de qualquer vacilo delas, pense o seguinte: se você aprendeu certo, quem está errada é ela, antes de tudo.
Confie sempre no que você realmente aprendeu. Combinado?!
Tmj!