Salve, galera!
Faça a questão e leia os comentários com atenção.
> Qual é a única reescritura impossível no que tange à topologia pronominal?
(A) Ele ajeitou-se, concentrou-se e despediu-se. / Ele se ajeitou, se concentrou e se despediu.
(B) Como não o achei, pedi-lhe que me procurasse. / Como não o achei, pedi-lhe me procurasse.
(C) Mesmo quem, diante de situações precárias, encontra-se calmo, padece. / Mesmo quem, diante de situações precárias, se encontra calmo, padece.
(D) Sabemos que a mentira a consome. / Sabemos que a mentira consome-a.
(E) Chamei os alunos que não se falavam. / Chamei os alunos que se não falavam.
Comentários:
Antes de mais nada, topologia pronominal, sínclise pronominal e colocação pronominal são a mesma coisa.
(A) Quando há uma sequência de orações coordenadas, ambas as colocações pronominais são corretas.
(B) Observe que há a elipse da conjunção “que”; independentemente disso, não dispensa a próclise, que continua sendo obrigatória.
(C) Depois de vírgula separando uma expressão intercalada, a colocação pronominal é facultativa.
(D) Apesar de José Maria da Costa abonar as duas construções, Evanildo Bechara é contra a ênclise, pois, para ele, usa-se a próclise em orações subordinadas, mesmo que haja um termo entre o verbo e a palavra atrativa. Enfim, a próclise é obrigatória. Importante: é assim que cai em prova de concurso.
(E) Quando há dupla atração, costuma-se colocar o pronome também entre as palavras atrativas. Isso se chama apossínclise. É uma construção rara, mas encontrada na linguagem jurídica e em textos literários clássicos.
Gabarito: D.
Para saber tudo e mais um pouco sobre colocação pronominal, recomendo aos tarados pela gramática o estudo do assunto no capítulo 11 da minha gramática.
Vá fundo!
🙂