Salve, galera!
Em frases como “Quem lê, sabe mais”, “Quem espera, sempre alcança”, “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”, “Quem gosta, gosta de…”, “Quem concorda, concorda com…”, é normal vermos a vírgula sendo usada separando o sujeito do predicado. Mas isso é certo?
Segundo todos os gramáticos e estudiosos que eu conheço, só dois (Luiz Antonio Sacconi e Claudio Moreno) dizem que a vírgula pode ser colocada entre o sujeito oracional iniciado por “Quem” e o seu predicado. Logo, as frases acima não podem ser consideradas categoricamente erradas, pois existe divergência entre estudiosos da língua. Eu mesmo, Pestana, ora uso a vírgula, ora não uso, nesse caso específico, pois assim faziam autores insuspeitos, como Machado de Assis. Aí você me pergunta: “Pestana, eu sou concurseiro; isso já caiu ou pode cair em prova de concurso? O que eu devo fazer na hora se cair algo do tipo?”. Já caiu numa prova da FCC, mas a vírgula foi considerada ERRADA! Pode cair de novo, em outra banca, e você tem de ficar atento, analisando todas as opções e marcando a melhor resposta. Se as bancas não trabalhassem em cima de polêmicas, eu não teria de falar delas, mas quem está na chuva…
Sugestão: leia o capítulo 27 da minha gramática. Nas páginas iniciais, em que eu falo de vírgula proibida, esclareço o assunto!
Bem-vindo à Língua Portuguesa!
🙂